Planejamento Escolar

Planejamento
(texto de Débora Schnek, para esse fim)

O planejamento é um dos fatores mais importantes no âmbito educacional. Infelizmente a maioria dos professores não sabem e reconhecem o potencial deste no segmento anual da escola e nos anos subseqüentes. Apenas cumprem horários e participam do estabelecido. Vemos que a parte administrativa pena ao realizar o planejamento, pois conhecem a importância e o valor frente às ações escolares, mas mesmo assim o envolvimento do professorado sempre está abaixo das expectativas. Muitas vezes uma reunião é maravilhosa pra quem a realiza e muitas vezes não conseguiu chegar a fundo do professor: reconhecer a importância de cada professor na mudança frente à educação.

Cada professor é importantíssimo no elo educacional, num prisma inimaginável, na extensão da ação pedagógica. Pensar na educação fragmentada, apenas num ano é subestimar a ação educativa, porém não adianta pensá-la em grandes dimensões se não começarmos a traçar os mecanismos no momento. Por isso o Planejamento se faz necessário, refletirmos sobre a atualidade, do diagnostico e traçarmos as metas, são duas ou dois momentos importantíssimos que resultam num pensar sobre a educação em longo prazo, pensar em ações para o prazo imediato (o ano em questão, que pode ser pensado em bimestres, pra designar muito bem os objetivos essenciais) e as ações em médio prazo, que resultam num contexto em longo prazo. Um exemplo: se a escola quer aumentar o índice de aprovação do 5º ano, não será neste ano, fazendo uma promoção automática, será daqui os 5 anos, pois as ações começarão no processo de alfabetização, nas ações que a escola tomará neste percurso. O erro não está na alfabetização, mas como a encaramos e o que fazemos com ela. Nenhum aluno reprova por que quer nos anos iniciais. Cadê a família? Ela sim é responsável por este aluno, não que a escola não seja, pois o é, mas a família cada vez menos participa da vida escolar do filho, sabemos que a lei assegurando a vaga na escola não garante a sua permanência, aí começa a responsabilidade social da escola com essas famílias. O que desanima o professor, é que normalmente se desdobra em alfabetizar e o aluno não evolui no processo de alfabetização, sobre caindo a culpa deste fracasso no professor. Não há nenhum respaldo psíquico ou médico, nem um acompanhamento familiar. Nestes casos, pode perceber, em reuniões de pais que justamente o pai que deve comparecer, não vai. E a escola não tem muito que fazer sobre isso, a não ser anotar a ausência de responsáveis. Na TV ouvimos sempre convites a verificar o rendimento da escola, mas nunca houve uma propaganda ou meio segundo destinado a chamar a atenção dos pais sobre o rendimento do aluno, a ensinar estes a acompanhar as tarefas, a procurar médicos, verificar sobre a saúde dos filhos. Pois infelizmente os alunos que normalmente não se alfabetizam, como os professores podem retratar melhor, são aqueles que possuem menos favorecimento em acompanhamento familiar, onde as famílias estão omissas. é necessário conscientizar essas famílias e essa ação não é apenas da escola, está na hora do governantes estaduais e federal fazer intervenções urgentes, a presença ser controlada pelo bolsa família poderia ser colocado a questão do rendimento do aluno. Pois infelizmente o bolso pesa nas ações dos homens...

Por isso o planejamento deve ser destaque na vida escolar, deve ser repensado e estar presente nas ações cotidianas. Um bom professor deve conhecer as metas da sua escola, vivenciá-las e todos os dias lutar por elas. No próximo planejamento reveja as ações dos envolvidos, trace objetivos alcançáveis e comece a ver o outro prisma da educação: o compromisso com a formação do ser humano. Planejar requer ter prisma, idealismo ao futuro, mas em nenhum momento ser descontextualizado da realidade.

Participe!!! Seja ativo no contexto desta era!