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sábado, junho 20, 2009

Agressividade na Escola

Agressão na escola
(texto criado por Debora Schnek para esse fim)

Ao deparar-me com a agressividade presente dentro das instituições escolares tive que pesquisar e refletir sobre como a manifestação agressiva depara nas salas de aulas e o encorajamento destas ações para a referida reprodução. No entanto, ainda não consegui fechar minhas idéias, mas já norteio meus estudos em alguns aspectos:

1. Durkheim defende a "consciência coletiva", na qual afirma ser a escola o espaço de reprodução do mundo social, a sociedade escola não é um fim em si mesma, mas em seus muros sofre as influencias do mundo externo. Não há como desagregar espaços, como se fossem separados, isto é, a agressividade é reproduzida na sociedade externa e manifestada nas escolas como reprodução deste universo, pois não há dissociação de um contexto para outro.

2. Adorno, feliz em seus estudos, nos salienta quanto a "indústria cultural". a importância da influencia dos fatores de reprodução e perpetuação do controle capitalista sobre as classes menos favorecida, oferecendo a "ilusão de conquista e de liberdade, que distribuem sonhos, mas que ao mesmo tempo impede o acesso do homem as mesmas conquistas da classe elitizada. Fica deste modo imperceptível a ação de controle e manipulação social, ora impedindo, ora alimentando esperanças de conquistas, no entanto mantendo as classes sociais como estão. Podemos perceber que os estudos referentes a produção cultural, demonstram a agressividade presente nos jornais, novelas, musicas, desenhos, não há interesse que as pessoas reflitam sobre as ações. Uma forte influencia a agressividade e a reprodução desta.

3. Içami Tiba salienta em seu livro Ensinar Aprendendo. Novos paradigmas na educação, a importância da atuação pedagógica frente aos desafios desta nova geração. Aborda ao tema com superficialidade, mas na essência releva a importância do profissional ter claro essas formas de encarar a sociedade: Os pais "modernos" não gostam de contrariar seus filhos, querem poupá-los, mas é nesse momento que se acha o erro. É muito importante estabelecer limites bem cedo e de maneira clara. "A primeira geração educou seus filhos de maneira patriarcal, a segunda, foi massacrada pelo autoritarismo dos pais. Na tentativa de proporcionar a eles o que nunca tiveram, os pais da segunda geração acabaram caindo no extremo oposto da primeira: a permissividade" declara Dr. Içami Tiba. No entanto, nas escolas essas manifestações ocorrem de maneira clara e a intervenção pedagógica é necessária.

E agora o que fazer? Somos bombardeados com a manifestação social, com a mídia (grande especulador) e ainda enfrentamos o desafio que a mudança começa por nós! Isto enraizado na constituição, na LDBEN, nos parâmetros curriculares, nas propostas internas de cada escola e em tantos outros documentos, que salientam a importância da escola frente aos novos desafios. No entanto, declaro que jogaram o problema mais uma vez para a Educação. Por que é em seus muros que a mudança também ocorre, enfrenta sérios desafios, mas é lá que há a esperança. E de Escola, E de Esperança.
A agressividade pode ser vivenciada de vários aspectos, oral, física, visual, entre outros. Mas jogar a Esperança apenas na escola é utopia, enquanto não falarmos a mesma língua (cultural, social, escolar, mídia) será apenas atitudes isoladas. Comecemos pela instituição escola, mas devemos abordar as famílias, a primeira sociedade que vivemos, ver a educação desde a infantil, até o ensino superior. Checar nossos gêneros musicais, nossos programas favoritos, refletir sobre como sou e como vou. Tantos noticiários que transmitem apenas a agressividade e ainda se intitulam os donos da verdade, que aqui não mascara a realidade, mas não há nenhum comprometimento social, com a reprodução deste. Vejamos os desenhos infantis atuais, que estimulam as lutas, o ódio, todos pautados no bem e no mal, com poucas manifestações do bem, quando não sua ausência.
A agressividade na escola subsidia todo esse dialogo. Mas estará sempre presente se continuarmos essa mesma representação social e educacional.

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