Material Dourado

MATERIAL DOURADO

(POR DÉBORA SCHNEK, PARA ESSE FIM)

O material dourado ainda é muito questionado, há defensores, há aqueles que não gostam. Os defensores aceitam a idéia do sistema decimal, trabalhando com a apropriação da base numérica, os que são contra, salientam seus questionamentos, quanto a especificidade do produto, ou seja, ser elaborado a partir de quadradinhos, que exigem abstração conceitual. Como percebem, sou defensora do material. Há algo mais concreto que manusear, abstrair conceitos em desenho? Trabalhar com este conteúdo requer apenas o professor saber o que vai fazer dele. Qualquer apostila, por melhor que seja, se o professor não souber conduzi-la, será apenas uma apostila, o diferencial é o professor, é o que o professor fará, no que será capaz de transformar.
O material Dourado é assim. Depende da utilização do professor. Nas fotos identifico como trabalho com o material, procuro deixar a aula motivada e questionadora, reflexiva. Esse trabalho leva tempo e dedicação, nós professores não paramos, não há como sentar. Mas o aluno manuseia, pensa, reflete. Essa é a diferença. Para alguns ainda será um enigma, mas não deixa de ser uma brincadeira com os números. Isso me basta! Não há necessidade de seguir uma metodologia fechada, intrínseca, mas uma maneira reflexiva, atuante, gostosa.
Ressalto que o registro é necessário. Registrar é uma forma de organizar o pensamento. É sistemático e muitas vezes a criança ou apresenta o desenvolvimento do conteúdo ou as suas dificuldades, a atenção nessa percepção é importantíssima, pois nela subsidiará a avaliação da aquisição do conteúdo ou a necessidade de novas aplicações. Normalmente exige novas aplicações, pois o aluno ainda está construindo seu conhecimento, não sendo algo que você transmite e o conceito está embutido na cabeça, assim o conteúdo torna-se apenas transmissível, passível de reflexão.